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Trata-se da cataloga??o e digitaliza??o do Acervo Maria Alice Amorim de literatura de cordel, constituído de mais de sete mil folhetos populares. Tendo em vista o volume da cole??o, tornou-se premente, para qualquer tipo de consulta ao acervo, a cataloga??o bibliográfica, inclusive com a digitaliza??o de todo o conteúdo dos folhetos, a fim de possibilitar agilidade na consulta, mediante uso de ferramentas digitais de busca e, ainda, poupar do manuseio o frágil material.

O resultado deste projeto é oferecer o acesso a um acervo particular, constituído de documentos extremamente importantes para os estudos da cultura e da literatura populares brasileiras. Um dos produtos resultantes é este catálogo digital, que contém informa??es sobre 7.300 folhetos de literatura de cordel, registrados tecnicamente sob as normas da ABNT, e oferece, ainda, a visualiza??o da capa de cada um deles. O outro produto, ou seja, a integralidade da digitaliza??o dos cordéis, pode ser acessado por meio de pesquisa presencial na Funda??o Joaquim Nabuco, na cidade do Recife.

 

 

veredas técnicas   voltar ao topo
digitaliza??o, cataloga??o, organiza??o e tratamento físico

*? Acervo de cordéis
No dia 24 de novembro de 2008, a equipe inaugura os contatos com a cole??o de cordéis, adotando as primeiras medidas para a sistematiza??o do acervo. Uma delas foi a escolha da ordem alfabética de autor no processo de localiza??o, cataloga??o, digitaliza??o. Os títulos de cada autor também passaram a ser organizados por ordem alfabética. Outra medida foi a análise de títulos idênticos com diferentes edi??es, mudan?a de versifica??o e/ou de conteúdo. Quando confirmado algum desses fatores, o título fica cadastrado como novo item. Do contrário, a soma de mais um exemplar.

*? Classifica??o das raridades
Decidiu-se pela utiliza??o das diretrizes elaboradas pelo Comitê Técnico de Obras Raras do sistema de bibliotecas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as quais apontam como raridade as “edi??es populares, especialmente romances e folhetos literários (cordel, panfletos)”. Ou seja, toda cole??o de cordel é acervo raro, entretanto, mesmo assim optou-se pelo registro explícito desse dado nas notas sobre os cordéis portugueses, pelo fato de n?o mais existir produ??o cordelística, nem novas reedi??es, em Portugal.

*? Digitaliza??o
A digitaliza??o da íntegra dos folhetos foi realizada página a página, incluindo capa, contracapa e o verso das mesmas, sempre que houvesse algum tipo de informa??o neles. Quando a contracapa n?o é exibida, significa que n?o há nada registrado.

*? Desenvolvimento do banco de dados
Seguindo orienta??es e especifica??es propostas pela equipe do projeto, e em consonancia com normaliza??o da ABNT, os profissionais da área de informática desenvolveram um sistema de cataloga??o e um banco de dados para cadastramento do acervo.

* ?Higieniza??o e conserva??o
Para garantir condi??es razoáveis de acondicionamento do acervo – folhetos impressos em papel frágil e muitos deles bastantes desgastados – foi providenciada a confec??o de envelopes, sob medida, em papel printmax, livre de acidez, gramatura 120, a fim de que cada folheto pudesse ser acondicionado individualmente e facilmente localizado. Após a retirada dos grampos, a higieniza??o mecanica foi executada sob método de varredura, que consistiu em folhear o cordel e limpá-lo com pó de borracha TK e uma trincha, no sentido da extremidade inferior para a superior. Entretanto, n?o foram realizadas as tarefas de retirada da oxida??o e de costura, pois as mesmas n?o estavam previstas no projeto. Os móveis que guardam os folhetos s?o gaveteiros de madeira, verticais, com porta em esteira.

 


Bibliografia de apoio   voltar ao topo

ALMEIDA, A. e ALVES SOBRINHO, José (org.). Romanceiro Popular Nordestino: Marcos. Campina Grande: Ed. UFPB, 1981. 240 p.

______. Dicionário bio-bibliográfico de repentistas e poetas de bancada. Jo?o Pessoa: Ed. Universitária; Campina Grande: Centro de Ciências e Tecnologia, 1978. 670 p.

ALVES SOBRINHO, José. Glossário da poesia popular. Campina Grande: Editel, 1982. 53 p.

ATHAYDE, Jo?o Martins de. Jo?o Martins de Athayde. Introdu??o e sele??o Mário Souto Maior. S?o Paulo: Hedra, 2000. 209 p.

BELTR?O, Luiz. Folkcomunica??o: um estudo dos agentes e dos meios populares de informa??o de fatos e express?o de idéias. Porto Alegre: Edipucrs, 2001. 266 p.

BENJAMIN, Roberto. O Almanaque de Cordel: informa??o e educa??o do povo. In: CONFERêNCIA BRASILEIRA DE FOLKCOMUNICA??O, 5., Santos: Unimonte, 2002.

C?MARA CASCUDO, Luís da. Dicionário do folclore brasileiro. 9. ed. S?o Paulo: Global, 2000.
768 p.

DIéGUES JúNIOR, Manuel et al. Literatura popular em verso: estudos. Belo Horizonte: Itatiaia;
S?o Paulo: Edusp; Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1986. 469 p.

DIéGUES JúNIOR, Manuel. Literatura de Cordel. Rio de Janeiro: Funarte, 1975. 38 p. (Cadernos de folclore, nova série).

GOMES DE BARROS, Leandro. Literatura popular em verso: antologia. Brasília: MEC; Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa; Jo?o Pessoa: UFPB, 1977. Tomo III. 338 p.

LITERATURA popular em verso. Estudos. Tomo I. Rio de Janeiro: Funda??o Casa de Rui Barbosa, 1973. 422 p.

LITERATURA popular em verso. Antologia. Tomo II. Rio de Janeiro: Funda??o Casa de Rui Barbosa; Campina Grande: Funda??o Universidade Regional do Nordeste, 1976. 338 p. (Edi??o fac-similar)

LITERATURA popular em verso. Leandro Gomes de Barros. Antologia. Tomo III. Rio de Janeiro: Funda??o Casa de Rui Barbosa; Jo?o Pessoa: UFPB, 1977. 338 p.

LITERATURA popular em verso. Francisco das Chagas Batista. Antologia. Tomo IV. Rio de Janeiro: Funda??o Casa de Rui Barbosa, 1977. 280 p.

LITERATURA popular em verso. Leandro Gomes de Barros. Antologia. Tomo V. Rio de Janeiro: Funda??o Casa de Rui Barbosa; Jo?o Pessoa: UFPB, 1980. 376 p.

LITERATURA popular em verso. Antologia. Sele??o, introdu??o, comentários Manoel Cavalcanti Proen?a. Belo Horizonte: Itatiaia; S?o Paulo: Edusp; Rio de Janeiro: Funda??o Casa de Rui Barbosa, 1986. 584 p.

MARANH?O, Liêdo. Classifica??o popular da literatura de cordel. Petrópolis: Vozes, 1976. 94 p.

______. O folheto popular: sua capa e seus ilustradores. Recife: Massangana, 1981. 96 p.

SARAIVA, Arnaldo. Folhetos de Cordel e outros da minha colec??o. Porto: Biblioteca Municipal Almeida Garrett, 2006. 174 p.

SILVA, Gon?alo Ferreira da (org). 100 cordéis históricos segundo a Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Mossoró: Queima-Bucha, 2008. 568 p.

TERRA, Ruth Brito Lemos. A literatura de folhetos nos Fundos Villa-Lobos. S?o Paulo: IEB/USP, 1981. 151 p.



chegue cá, Mnemosine, musa de toda memória   voltar ao topo
relato de uma longa viagem em doze meses

chronos
Pequeno diário da primeira semana
24 a 30 de novembro de 2008:
assinatura do termo de compromisso na Fundarpe.
adequa??o das instala??es físicas do escritório.
instala??o dos microcomputadores e respectivos softwares.
organiza??o parcial dos cordéis por ordem alfabética de autor.
organiza??o parcial dos livros por temática.
preenchimento do marco lógico do projeto.

Pequeno diário das semanas seguintes
entre dezembro e janeiro, no calor da hora:
equipe inaugura as atividades do projeto, planejando cada minuto e segundo, afinal longos doze meses passam assim t?o rápido...
o cordelista Meca Moreno atua no projeto durante os dois primeiros, auxiliando na organiza??o alfabética de todo o acervo de cordel e nas primeiras digitaliza??es.

em fevereiro, apreens?o e novidades:
é substituído o técnico de informática inicialmente indicado: assume o profissional Wagner Júnior.
o cordelista Kerlle de Magalh?es é o novo auxiliar de digitaliza??o.
a bibliotecária Marcela Porfírio passa a integrar a equipe de cataloga??o.
Isabel Guedes assume a consultoria contábil, após os primeiros dramas de como pagar/como recolher.

mar?o, passado o carnaval:
ajustes no banco de dados, que come?a a dizer a que veio, mas sempre pede novas calibragens.

abril
presta??o de contas parcial: n?o foi fácil organizar um documento contendo mais de 211 folhas, entre recibos, cópias de cheque, notas fiscais e corre??es de erros involuntariamente cometidos nessa marinheiragem de primeira hora viagem.

maio
mesmo com todo o corre-corre da equipe, sempre disposta a quebrar os próprios recordes de produ??o diária, foi necessário relocar a rubrica de produ??o executiva para contrata??o de mais um auxiliar de cataloga??o/digitaliza??o, atendendo à demanda de elabora??o das meticulosas anota??es catalográficas de cada exemplar do acervo e de escaneamento página a página dos folhetos. Por isso, a partir de maio a bibliotecária Lorena de Siqueira Teles inicia as atividades no projeto.
a presta??o de contas parcial é aprovada pela Secretaria da Fazenda, sem ressalvas.

junho
limite para a reestrutura??o do sistema de informa??es e para o efetivo funcionamento do banco de dados.

julho
Bruno Trindade passa a integrar a equipe principal do projeto, na condi??o de profissional da área de informática responsável por ajustes e manuten??o da base de dados, pela elabora??o de catálogo web e do executável para o catálogo em DVD.
o mês de julho havia sido estabelecido como a data-limite para a digitaliza??o de todos os cordéis.

agosto
auxiliares de cataloga??o e de digitaliza??o passaram a inserir, no banco de dados, as capas e os conteúdos em pdf dos folhetos de cordel, após cotejo das imagens com os dados de cataloga??o.
embora a previs?o do cronograma assim n?o indicasse, continua em agosto o trabalho remanescente de digitaliza??o, de corre??o de digitaliza??es e, ainda, de inser??o de novas cataloga??es.

setembro e outubro
a bibliotecária Vania Ferreira executa a conferência de notas e revisa informa??es lan?adas no banco de dados.
providenciada a confec??o dos envelopes, sob medida, para acondicionamento dos folhetos de cordel.
após finalizada a análise de sites similares, definidos o mapa do site, a grade de distribui??o dos conteúdos e o melhor tipo de busca para o acervo, Gilmar Rodrigues cria a identidade visual da plataforma web e do catálogo em DVD, para que Bruno Trindade possa criar a engenharia em SI.
é registrado o site www.cibertecadecordel.com.br e contratada a empresa de hospedagem
Cris Balbino faz a higieniza??o do acervo, auxiliada por George Michael e Lorena Teles.
Vania Ferreira elabora ficha de cataloga??o na publica??o para o catálogo.
é feita a solicita??o de ISBN para a publica??o do catálogo.
redigidos os textos que integram o catálogo em DVD e na Internet.
revis?o dos dados, principalmente notas e autoria dos folhetos.
revis?o de todos os textos.
adquiridos os boxes para acondicionamento dos DVDs.
projeto gráfico e diagrama??o da capa e do encarte do DVD.

novembro
largada final para a contagem regressiva:
enviados, para impress?o em gráfica, a capa e o encarte do DVD.
impress?o das etiquetas identificadoras de folhetos e livros.
realizada a etiquetagem dos envelopes dos cordéis e dos livros, que s?o organizados nos armários e estantes.
revis?o final do banco de dados.
após testada a usabilidade do catálogo, a mídia vai para a duplica??o, com impress?o no rótulo: s?o produzidos mil exemplares.
divulga??o na imprensa.
lan?amento e distribui??o do catálogo.
é hospedado o conteúdo do site.
prepara??o dos relatórios e solicita??o de atestado de execu??o.
prepara??o da documenta??o e preenchimento dos anexos para presta??o de contas final.



Parcerias   voltar ao topo

naseb

NASEB
Núcleo Ariano Suassuna de Estudos Brasileiros | UFPE

é coordenado pela antropóloga Maria Aparecida Lopes Nogueira, que nos possibilitou, ao longo dos doze meses do projeto, a participa??o de George Michael, graduando do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Pernambuco.

   
uni

UNICORDEL
Uni?o dos Cordelistas de Pernambuco

O fundador e articulador do movimento, poeta José Honório da Silva, apoiou desde o princípio a idéia de que seria interessante termos cordelistas trabalhando no projeto, o que resultou na participa??o de Meca Moreno e Kerlle de Magalh?es, durante dois e seis meses, respectivamente.

   
luci

LUCI
Luci Artes Gráficas Ltda.

Luciano Inácio de Carvalho se mostrou sensível às nossas dificuldades em dar conta de uma demanda de envelopes feitos sob medida, com papel especial, livre de acidez, para acondicionar os folhetos de cordel, um a um. Por isso ofereceu-nos a m?o-de-obra que executou o corte do papel.

   

Agradecimentos   voltar ao topo

Roberto Benjamin
José Fernando Souza
Marcelo Soares
José Honório
Helmut Kemper
Luciano Inácio de Carvalho
Luciana Maria de Brito
Rogério Izídio
Eugenio Pacelli Jer?nimo Santos
Equipe Funcultura
Unicordel
Thiago Lopes
Gilvan Carvalho
Lúcia Gaspar
Aparecida Morais

 


Ficha técnica
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pesquisadora
Maria Alice Amorim

designer
Gilmar Rodrigues Soares

profissionais em SI??
Bruno Trindade Gomes Bezerra??
Wagner Rocha de Carvalho Júnior

Vagner Castro Montenegro

bibliotecárias
Vania Ferreira da Silva
Marcela Porfírio da Costa
Lorena de Siqueira Teles

digitalizadores
George Michael Alves de Lima
Kerlle de Magalh?es Lima
Meca Moreno

técnica em conserva??o
Maria Cristina Balbino Ribeiro Cabral

revisor
Pedro Américo de Farias

 

Ficha Catalográfica   voltar ao topo

 

rodape